Prefácio da esposa de Vilhjalmur Stefansson

Prefácio do livro ‘Eat Fat and Grow Slim’ pela esposa de Stefansson:

Certa manhã, no café da manhã, no outono de 1955, meu marido explorador e antropólogo, Vilhjalmur Stefansson, me perguntou se ele deveria voltar à dieta, só de carne, esquimó da Idade da Pedra com a qual ele obteve sucesso durante a parte mais ativa de seu trabalho no ártico. Dois anos antes ele sofreu uma leve trombose cerebral, da qual ele havia praticamente se recuperado. Mas ele ainda não havia tido sucesso em se livrar dos 4,5 Kg que seu médico queria que ele perdesse. Por força de vontade e quase inanição, ele vez e outra perdia alguns, mas os quilos sempre voltam quando sua força de vontade acabava. Sem dúvida, em parte por causa destes fracassos, Stef se tornou um pouco infeliz, por vezes mal-humorado. Continue lendo

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Capítulo 9 – Tribos Africanas Isoladas e Modernizadas

Ver Sumário do Livro Nutrição e Degeneração Física.

Capítulo 9
Tribos Africanas Isoladas e Modernizadas

A África foi o último dos grandes continentes a ser invadido e explorado pela nossa civilização moderna. Ela tem uma das maiores populações nativas que ainda vivem de acordo com as tradições herdadas. Consequentemente, ela fornece um campo particularmente favorável para estudar grupos raciais primitivos.

Este estudo de grupos raciais primitivos, com exceção de alguns grupos índios, esteve em grande parte ligado a pessoas vivendo em condições físicas bem diferentes daquelas obtidas na área central de um grande continente.

Frutos do mar estão ao alcance dos habitantes de ilhas e regiões costeiras independente de latitude. Os habitantes do interior de um continente, entretanto, não tem acesso a suprimentos abundantes das várias formas de vida animal do mar. Foi importante, assim, no interesse dos habitantes dos Estados Unidos, Canadá, Europa e de outros grandes interiores continentais, estudar pessoas primitivas vivendo em ambientes similares aos seus. A África é um dos poucos continentes que podem fornecer tanto condições de vida primitiva quanto de vida moderna nas planícies e área de planalto do interior. O grande planalto da África oriental e central nutriu uma certa quantidade de tribos com físico excelente e muita sabedoria acumulada. Nós estamos interessados em saber como eles conseguiram isto e se eles ou qualquer outra pessoa pode sobreviver naquele ambiente após adotar as fórmulas da nossa civilização moderna. Considerando que o flagelo mais universal da civilização moderna é a cárie dentária, embora ela seja somente um dos muitos processos degenerativos, é importante que estudemos essas pessoas para registrar como elas resolveram os grandes problemas de viver em um ambiente tão severo e disciplinador quanto o fornecido pela África.

Isto foi feito durante o verão de 1935. Nossa rota nos levou através do Mar Vermelho e descendo o Oceano Índico para entrar no continente africano em Mombasa abaixo do equador e então através do Kenya e Uganda para dentro do Congo Belga oriental e a partir dali aproximadamente 4.000 milhas (6.437 km) descendo a grande extensão do Nilo através do Sudão até a moderna civilização do Egito. Esta jornada cobriu a maior parte da área ao redor da Etiópia e tivemos contato com vários dos grupos raciais mais primitivos daquela região. Essas pessoas são, consequentemente, vizinhos dos abissínios ou etíopes. Já que as várias tribos falam línguas diferentes e estão sob governos diferentes, foi necessário organizar nosso safari em conjunto com os oficiais dos governos locais nos diferentes distritos. Continue lendo

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Leite Cru Cura Muitas Doenças (Raw Milk Cures Many Diseases) – J. R. Crewe

Leite Cru Cura Muitas Doenças

Por
J. R. Crewe, MD

1929

Traduzido de: Raw Milk Cures Many Diseases

O seguinte texto é uma versão editada de um artigo do Dr. J. R. Crewe, da Mayo Foundation, precursora da Mayo Clinic em Rochester, Minnesota, publicado na Certified Milk Magazine em janeiro de 1929. Nós somos gratos ao Dr. Ron Schmid, médico naturopata de Middlebury, Connecticut, por descobrir esta peça fascinante. A “Cura do Leite” foi assunto de pelo menos dois livros de outros autores, escritos após [NT1] a obra do Dr. Crewe. O leite utilizado era, em todos os casos, o único tipo de leite disponível naqueles dias – leite cru de vacas que pastam, rico em gordura. O tratamento é uma combinação de jejum desintoxicante e uma alimentação rica em nutrientes. Note que Crewe cita William Osler, autor de um livro-texto médico padrão na época. Assim, este protocolo era uma terapia ortodoxa aceita no inicio dos anos 1900. Hoje a Mayo Clinic realiza cirurgias e tratamentos com drogas, mas nada tão eficaz e elegante quanto a Cura do Leite.

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Por quinze anos o escritor empregou o tratamento com leite certificado em várias doenças e durante os últimos dez ele teve um pequeno sanatório dedicado principalmente a este tratamento. Os resultados obtidos em vários tipos de doenças foram tão uniformemente excelentes que o nosso conceito de doença e do seu alívio é necessariamente alterado. O método em si é tão simples que ele não interessa muito a maioria dos médicos e o principal estímulo para seu uso vem dos próprios pacientes. Continue lendo

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Citação: Gaúchos e Carne

Ainda assim, o gaúcho nos pampas, por meses a fio, não toca nada além de carne. Mas eles comem, eu observo, uma proporção muito grande de gordura, […]. É, talvez, devido a seu regime de carne que os gaúchos, assim como outros animais carnívoros, podem se abster por muito tempo de comida. Foi-me dito que, em Tandeel, algumas tropas perseguiram voluntariamente um grupo de índios por três dias, sem comer nem beber.

Fonte: The Voyage of the Beagle. Charles Darwin. Tradução nossa.

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Carta sobre a Corpulência – Edições

Estas são as informações que consegui descobrir sobre as várias edições do original:

William Banting publicou sua primeira edição de Carta sobe a Corpulência, Endereçada ao Público (Letter on Corpulence, Addresses to the Public) em 1863 na Inglaterra, somente com o capítulo Corpulência (Corpulence).

A segunda edição em 1863 adicionou um capítulo de Adendo (Addenda).

A terceira edição em 1864 adicionou o Prefácio da Terceira edição (Preface to the Third Edition) e um Adendo Final (Concluding Addenda), sendo que uma reimpressão no mesmo ano adicionou um Apêndice (Appendix).

A quarta edição, de 1869 apresenta o Prefácio da Quarta Edição (Preface), o capítulo Corpulência (Corpulence) que condensa outros capítulos da terceira edição (Corpulência, Adendo, Adendo final e Apêndice) com poucas mudanças, além de apresentar como anexos cartas de correspondentes e uma palestra do Dr. Niemeyer. Não encontrei, como já comentei em nota do tradutor no livro, estes anexos para tradução, caso alguém disponha dos mesmos favor entrar em contato.

As edições que foram lançadas nos Estados Unidos naquela época não correspondiam às da Inglaterra, elas foram muito além da quarta edição por serem contadas reimpressões e não edições com conteúdo novo, assim, a última edição com alterações efetivas do livro/panfleto/carta foi a quarta edição.

1863.. 1ª edição
1863.. 2ª edição
1864.. 3ª edição
1869.. 4ª edição
2012.. 4ª edição traduzida para o português.

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