… sem nenhum fundamento.
No site Clicrbs , encontramos uma reportagem com o título “Dietas à base de gorduras aumentam índices de radicais livres no organismo”. Numa mídia do sul, óbvio que o texto vem ilustrado com uma foto de churrasco. Veja abaixo o recorte e pense, sem ler o corpo do texto, que associação você faz (ou está sendo induzido a fazer) entre a manchete e a foto.
A legenda da foto é ainda mais venenosa. Ela afirma, em outras palavras, que picanha mata.
Lendo o texto, descobrimos que esta conclusão vem de um estudo do Instituto de Química da Universidade de São Paulo resultante de um experimento com camundongos expostos a uma dieta rica em gordura, buscando entender a participação das mitocôndrias nas doenças relacionadas à obesidade.
E o que fizeram os pesquisadores? A reportagem responde:
“Os testes foram realizados com camundongos que receberam uma dieta hiperlipídica a base de óleo de soja. Os animais foram alimentados por um período que variou de dois meses até cerca de dez meses, sendo que alguns foram alimentados com a dieta hiperlipídica durante um ano e meio. — Uma dieta normal leva 4% de gordura. Na dieta que oferecemos aos animais, o teor de gordura era de 55% — compara o pesquisador.”
Resumo: pesquisadores envenenam ratinhos com óleo de soja e a reportagem induz a pensar que picanha faz mal para seres humanos.
Isso é muito comum. Um site já referenciado por nós, Canibais e Reis, denuncia inúmeros casos como este em que gorduras altamente artificiais (como óleo de soja e congêneres, obtidos em altíssimas pressões e temperaturas, na presença de catalisadores metálicos e com banhos químicos posteriores para desodorização, descoloração, …) são usadas em estudos biológicos com cobaias e, posteriormente, as conclusões destes estudos são usadas para condenar as carnes ou as gorduras animais na alimentação humana.
O nosso organismo foi programado, evolutivamente, para processar gorduras animais, desde sempre. Mas não temos nem quatro gerações expostas a esta invenção industrial chamada óleo de soja.
Sem contar que o óleo de soja ou similares, de forma explícita ou camuflada, está presente em quase todos os produtos industrializados atuais. Dos onze produtos cujos ingredientes já postamos, estes oito o contêm: macarrão Cupnoodles, Toddynho, Miojo, sopa Vono, Confeti, biscoito Passatempo, “chantilly” Vigor e Kani Kama. (Observe que três deles são produtos doces que contêm óleo de soja ou similar.)
E não utilizaram nenhum destes produtos para ilustrar a reportagem. Usaram uma picanha assada, que certamente não contém óleo de soja. Por quê?
Não há respaldo científico, não só neste texto como em inúmeros outros sobre saúde que circulam na mídia, para a associação feita entre a pesquisa de laboratório (neste caso, cobaias ingerindo altíssimas doses de óleo de soja) e a sugestão maior da reportagem (também neste caso, humanos ingerindo picanha). O que não sabemos é se esta falhas de associação têm origem nos próprios pesquisadores ou se são inferência da mídia. E em caso de se tratar de inferência, não sabemos se ela é intencional ou ingênua.
(Lembrete: carnes de qualquer animal estão incluídas na alimentação preconizada por nós aqui neste blogue, mas desde que oriundas de animais criados com sua alimentação natural: vacas que pastam, galinhas que comem minhocas, …)
Sinto-me enganada. Desde então, tento ir contra o sistema fluor- ops… implantado. Desconfiando de empresas (estatais ou não), além dos órgãos reguladores de má-fé.
Só comida real.
Nao passam de grupos de elitistas, que nao querem que os pobres se desenvolvam!! Os medicos deviam CALAR A BOCAAAA!!! Eles sao muito radicais!! Se comemos um doce, fazem um maior carnaval ou um escarceu!!! Se proibem a reportagem, alegam “censura”. O segredo e moderaçao e NAO A PROIBIÇAO ALIMENTAR!!
Ótimo post =)
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