Em um livro de fácil leitura, com 207 páginas e editado pela Campus, a autora, Mireille Guiliano, engana os leitores dizendo que vai ensinar uma não dieta. Na verdade, tenta convencê-los a comer cada vez menos, e mostra as francesas como espertas que aprendem a driblar as calorias desde pequenas. Ou seja, ela mistura algo do estilo alimentar francês com a síndrome de contagem de calorias norte-americana.
Apesar do título, a dieta preconizada não é francesa, uma vez que a autora chega ao ponto (página 36) de sugerir a substituição do azeite de oliva por óleo de soja ou de anis. Outros pecados ocorrem com a preocupação com as calorias e as “gorduras do mal”, dois aspectos claros em que a francesa se americaniza. Se americaniza também nas recomendações de ingerir fibras e MUITA água.
Mas há coisas boas no livro, como o conselho de preparar a refeição em casa, para se saber o que se está comendo, usar frutas e legumes da estação, comprar em feiras e não em supermercados, etc.
E ao falar de comida e crianças, a autora se sai com duas frases muito boas:
“Principalmente no mundo ocidental, as crianças têm muitas tentações alimentares, comidas quimicamente processadas para enganar nossa programação evolucionária, levando-nos a acreditar que são boas.” (pág. 179)
“A comida na televisão faz-nos pensar em comer e põe água na nossa boca, liberando a insulina, diminuindo o açúcar no sangue e estimulando a ânsia por alimento. É ponografia gastronômica.” (pág. 180)
Para o tipo de alimentação que defendemos neste blogue, este livro é totalmente dispensável.
É sério, mas o livro é bom de ler.
Hey…
Vou ler esse livro pra ver se é isso mesmo…kkkk
Xero