Carta sobre a Corpulência – Corpulência

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Corpulência

De todos os parasitas que afetam a humanidade, eu não conheço nem posso imaginar nenhum mais penoso do que o da obesidade, e tendo acabado de emergir de uma provação muito longa neste tormento, eu estou desejoso de pôr em circulação meu humilde conhecimento e experiência para ajudar outros sofredores, com a sincera esperança de que possa levar ao mesmo conforto e alegria que eu agora sinto com a extraordinária mudança, que quase pode ser chamada de milagrosa não tivesse ela sido alcançada pelos meios mais simples do senso comum. Continue lendo

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Carta sobre a Corpulência – Prefácio

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Prefácio da Quarta Edição

Não é com pouco orgulho e satisfação que eu ouso publicar uma quarta edição de minha Carta sobre a Corpulência, na esperança e crença que ela possa ainda mais interessar e beneficiar o público. As edições anteriores foram compostas e lançadas com todo tipo de defeito e deficiência evidentes de minha total inabilidade de fornecer qualquer evidência substancial do mérito e utilidade do programa além de minha própria e breve experiência pessoal. Cinco anos agora se passaram desde que a terceira edição foi publicada. Ela, com muita alegria, obteve uma circulação mundial e me proporcionou um enorme prazer e gratificação, advindos da convicção de que eu fui o meio de trazer para consideração e discussão pública uma das pouco conhecidas e muito negligenciadas leis da natureza. A popularidade de meu folheto despretensioso se manifesta não somente na surpreendente venda de não menos de 63.000 cópias somente neste país, mas pela sua tradução em línguas estrangeiras e sua grande e rápida circulação na França, Alemanha e nos Estados Unidos. Somando-se a isto, eu recebi quase 2.000 cartas muito admiradas e agradecidas de todos os cantos do mundo. Continue lendo

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Carta sobre a Corpulência – Sumário

Carta sobre a Corpulência
Endereçada ao Público

Por
William Banting

Quarta Edição
1869

Sumário

Prefácio da Quarta Edição
Corpulência

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Carta sobre a Corpulência (Letter on Corpulence) – William Banting

Temos o prazer de apresentar a primeira tradução para português do primeiro livro de dieta popular já escrito: Carta sobre a Corpulência, Endereçada ao Público (Letter on Corpulence, Addressed to the Public) de William Banting, cujo original data de 1863. A edição apresentada é a quarta edição por ser a última e mais completa.

Banting foi um agente funerário inglês que com 66 anos e 1,65 m pesava 91,6 Kg. Ele não tinha histórico de obesidade na família e por 20 anos tentou em vão perder peso consultando diversos médicos e seguindo todo tipo de orientação recomendada, mas nada funcionava e ele continuava a ganhar mais peso e sua saúde a piorar. Como estava perdendo a audição, decidiu consultar mais um médico e, para a sua sorte, o mesmo explicou que seus problemas eram devido a obesidade e recomendou uma determinada alimentação, a qual Banting seguiu rigidamente, perdeu peso e todos os seus problemas de saúde sumiram.

Nesta quarta edição ele afirma ter perdido 22,7 Kg no total, sendo que 20,9 Kg destes nos 12 primeiros meses, com a sua alimentação que classificamos como uma dieta de baixo carboidrato (low-carb). Na época, seu livro foi traduzido em diversos idiomas, gerou debates internacionais e seu nome virou sinônimo de dieta nos Estados Unidos (dando origem ao verbo “to bant”) e em outros países. Esperamos que apreciem o esforço e aproveitem a leitura.

Carta sobre a Corpulência – Sumário

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Capítulo 8 – Polinésios Isolados e Modernizados

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Capítulo 8
Polinésios Isolados e Modernizados

As características da raça polinésia incluem: cabelo liso, feições ovais, uma natureza leve, alegre e físicos esplêndidos. Quando as ilhas do pacífico foram descobertas, os polinésios foram encontrados habitando as Ilhas Havaianas, as Ilhas Marquesas, o grupo Tuamotu incluindo o Taiti, as Ilhas Cook, as Ilhas Tongan e o grupo Samoan.

O primeiro grupo estudado era formado de pessoas das Ilhas Marquesas, que estão situadas a 9 graus sul de latitude e 140 graus oeste de longitude, aproximadamente 4.000 milhas (6,4 mil km) a oeste do Peru. Poucos, se é que algum, dos grupos raciais primitivos das Ilhas do Mar do Sul foram tão entusiasticamente exaltados pela sua beleza e excelente desenvolvimento físico pelos antigos navegadores. Hoje, a cárie dentária predomina. Eles relataram os marquesanos como sendo pessoas vívidas e felizes, em números de mais de cem mil nas sete principais ilhas deste grupo. Provavelmente em poucos lugares do mundo pode-se encontrar uma imagem tão dolorosa quanto a encontrada aqui. Um oficial do governo francês me disse que a população nativa havia diminuído para aproximadamente duas mil, como resultado principalmente da devastação pela tuberculose. Sérias epidemias de varíola e sarampo, por vezes, cobraram um preço alto. Em um grupo de aproximadamente cem crianças e adultos, eu contei dez que estavam muito magras e tossindo com sinais típicos de tuberculose. Muitos estavam esperando por tratamento em um consultório oito horas antes do horário de abertura. No passado, alguns dos nativos tinham corpos esplêndidos e belos semblantes e algumas das mulheres tinham belas feições. Eles são agora um grupo primitivo doente e moribundo. Um navio de troca estava no porto trocando farinha branca e açúcar pela copra deles. Eles haviam, em grande parte, parado de depender do mar para comida. Cárie dentária era rampante. À época do exame, 36,9 % dos dentes das pessoas usando alimentos permutados, em conjunto com plantas terrestres e frutas, haviam sido atacados por cáries. Os indivíduos vivendo totalmente de alimentos nativos eram poucos. Alguns dos antigos navegadores ficaram tão impressionados com a beleza e saúde dessas pessoas que eles relataram as Ilhas Marquesas como o Jardim do Éden.

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